O meu sítio, Barril de Alva, tem recantos que, fosse eu poeta, havia de imortalizar em palavras nunca somadas em verso, com ou sem rima - bastaria que, em mim, houvesse engenho e arte para transformar o belo do pensamento, impossível de traduzir...
O Urtigal exerce tal fascínio que me transporta aos silêncios de quando me sinto solitário, voluntariamente abandonado. Aqui, no Urtigal, nem solidão, nem abandono: basta o rio que me remete para curtas memórias da infância, feitas de fantasmas e medos.
O rio, o "meu rio", sempre de barriga cheia, nesse tempo, tinha barulhos inexplicáveis. É por isso que "pinto" o caneiro" à imagem da minha infância. Possivelmente, contínuo criança...
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