As
rosas, agora viçosas, logo murcham. Há dias assim, sem primavera a tempo
inteiro, embora continue anunciada no calendário…
Antes
que faleçam por si, “matei” uma num gesto egoísta, daqueles que não abonam as
doces palavras com que enfeito o monólogo sobre o pacífico convívio com a
natureza. Se lhe quero tanto, às rosas, como posso ser cruel?
Apesar desta falta de coerência, honrei-a com um solitário de cristal.
A
trepadeira que deu vida à flor insiste
em presentear-me com mais e mais botões
de cor grená - estou na dúvida se
estes filhotes de roseira, ao sol, não brilham mais do que as “rosas negras” que estão prestes a nascer.
Diz
quem sabe: esta roseira, única no meu canteiro, é uma
dádiva dos deuses, por ser uma Black Baccara (li no Google…).
A ser verdade, esta bênção faz de mim pessoa de sorte, embora nada conste nas características
dos “misteriosos” escorpianos … a não ser que seja (…) o símbolo de amor louco ou mesmo paixão fatal e, é por isso, que na
linguagem das flores, a Black Baccara significa “o meu amor vai durar até
à morte” ou “o meu amor por ti é profundo e eterno”. li no Google, mas está longe de mim votar a favor…
Ia
de saída quando a memória me disse que,
além de um “crime”, cometi dois: ontem, domingo, colhi outra rosa cor de carmim,
mas foi por uma boa causa - à troca, recebi um “amor-perfeito”.
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