segunda-feira, 7 de maio de 2018

... A linguagem das flores


As rosas, agora viçosas, logo murcham. Há dias assim, sem primavera a tempo inteiro, embora continue anunciada no calendário…
Antes que faleçam por si, “matei” uma num gesto egoísta, daqueles que não abonam as doces palavras com que enfeito o monólogo sobre o  pacífico convívio com a natureza. Se lhe quero tanto, às rosas, como posso ser cruel?
Apesar  desta falta de coerência, honrei-a com  um solitário de cristal.
A trepadeira que deu vida  à flor insiste em presentear-me com mais e mais botões  de cor grená - estou na dúvida se estes filhotes de roseira, ao sol, não brilham mais  do que as “rosas negras” que estão prestes  a nascer.
Diz quem  sabe:  esta roseira, única no meu canteiro, é uma dádiva dos deuses, por ser uma Black Baccara  (li no Google…). A ser verdade, esta bênção faz de mim pessoa de sorte, embora nada conste nas características dos “misteriosos” escorpianos … a não ser que seja (…) o símbolo de amor louco ou mesmo paixão fatal e, é por isso, que na linguagem das flores, a Black Baccara significa “o meu amor vai durar até à morte” ou “o meu amor por ti é profundo e eterno”.  li no Google, mas  está longe de mim votar a favor…
Ia de saída quando a memória  me disse que, além de um “crime”, cometi dois: ontem, domingo, colhi outra rosa cor de carmim, mas foi por uma boa causa - à troca, recebi um “amor-perfeito”.


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