sábado, 13 de fevereiro de 2016

São Valentim nos guarde


Dia de domingo: rosas vermelhas para quem as merecer....

Os amigos, os familiares de cada um de nós, deixaram de usar os correios para levar a “carta a Garcia”; o espaço virtual é instantâneo na oferta, e é por essa via que vamos sabendo uns dos outros, das coisas, das muitas coisas sem importância e das outras muito, muito importantes … como ganhar o euromilhões!...
Simples e económico, mas sem o prazer do manejo da caneta sobre o papel, e para quem lê a ânsia de receber das mãos do carteiro uma carta que seja, abri-la e ficar preso/a às palavras, deixou de ser hábito.
Há exceções que confirmam a regra; a regra são os emails e os “SMS”, que vêm pelo ”ar” e aterram na minha “máquina fotográfica”, que por acaso também faz e recebe telefonemas a qualquer hora, é agenda e calculadora, indica-me o caminho daqui até ali, ou mais além - espécie de faz tudo,  "tuga" self-made man; as exceções são os folhetos publicitários, um horror, os envelopes que as Finanças "têm a mania" de nos enviar, a conta da água – coisinhas miúdas, ”sem importância” como sabemos…
E uma cartinha de amor, não? Nãooooooooo!
… É quase impossível recriar “ao vivo” O Carteiro de Pablo Neruda porque a poesia anda arredia dos amores, escritos a tinta e em maiúsculas, que tanto seduziam a bela Beatrice Russo… 
São Valentim nos guarde, a quem é de amores intensamente platónicos, ou não… 



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