segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

.... e a neve aqui tão "perto"

Era fevereiro, noite de carnaval. O "Laguna" trazia quatro passageiros, eu guiava isento de proibições. Era  madrugada... De Tortosendo, perto da Covilhã, até ao meu sítio,  meia centena de quilómetros de curvas, muitas,  e uma serra, da Estrela, feita de montes, sobre e desce, desce e sobe...Uns salpicos, sorrisos ...- Olha,  começou a nevar! Os salpicos cresceram; arrastados pelo vento, transformaram-se em nuvem, enorme, inteira. Médios, depois máximos - visão de  dois, três metros, não mais...O "Laguna" e quatro passageiros...Sobe e desce, desce e sobe o manto branco, branco, como a neve - era NEVE, nunca  vista assim, medonha, maré cheia  de mar tenebroso! Não há estrada à vista, sigo a sinalização: mais curvas. E contracurvas...Medos, silêncios. Terceira, segunda em passo lento - tão lento que perdi o conto às horas... Quase manhã, a dois passos de casa voltaram as falas e os meios sorrisos.
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... Neve? Quero vê-la à  distância da câmara do iPhone, que é milagreiro no recorte da imagem - não se nota?



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