domingo, 3 de junho de 2018

Como quem troca de camisa

 Dos tempos da escola primária sobraram uns quantos resquícios da “inimizade que fui mantendo” com os vizinhos espanhóis, por culpa das estórias que a História de Portugal ensinava, é bom de ver, e não por quaisquer outros motivos…
Com o mar a bordejar a costa, da Espanha, pela fronteira terrestre, poderia chegar o perigo em passada larga ou curta, daí que fizesse algum sentido o aforismo: “De Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”!
E foi assim durante anos, sempre com a perversa imagem que vinha de longe, pela fé e maledicência (?) dos mais velhos.
À medida que o tempo foi passando, as ideias clarificaram-se - África atravessou-se no meu caminho, cresci como homem, e concluí com toda a naturalidade que fomos tão “marotos” como as gentes de todos os sítios e de todos os tempos, espanhóis incluídos. Conheci de perto uma mão cheia deles, viajei por caminos e carreteras, partilhei costumes cívicos idênticos aos nossos - habituei-me aos nossos vizinhos com o gosto de quem gosta das pessoas.
Portugal, embora país pequeno, com menos cidadãos por metro quadrado, é capaz de subir aos “píncaros da lua” e “levar a carta Garcia” com qualidade, dignidade e sucesso, o que muito nos honra – não vale a pena repetir que (ainda) somos campeões da Europa em futebol, vencemos o festival das cantigas na Eurovisão e este ano demos cartas na organização do evento, a Expo 98 foi um sucesso, etc e tal…
E "inventámos" uma geringonça… que “voa”!
A “coisa” tem sido objeto de estudos, e há quem descubra nas leis vigentes, um pouco pela Europa fora, que esta dita “coisa” tem pernas para andar!
Terá?
É possível mudar de chefe de governo num “abrir e fechar de olhos”?
É!
...Quase "como quem troca de camisa", sai Rajoy, entra Sánchez.
Que viva españa!
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- Texto adpatado da coniqueta “Chiquelinas” na bola", publicada em feveeiro de 2018

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