Existem estórias (de amor)
cujos relatos nem sempre têm um final feliz: “Tristão e Isolda”, de autor
desconhecido do século XII (?), ou “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare,
são disso exemplos.
Felizmente, tal não aconteceu,
em 1945, ao casal Albertina e Dionídio, então residentes em Meda de Mouros,
perto do meu sítio ( ler aqui:
Sei de outra estória, feita
de sonhos e suspiros, vivida nas
redondezas de determinado ideal feminino,
que justifica letra de forma aligeirada.
Diz quem sabe do secreto e silencioso
amor platónico, partilhado no anonimato dos intervenientes, que um cavalheiro teceu com sorrisos gentis e delicadas palavras de ocasião junto de certa
dama - galanteios, sim, mas sem a pujança mental de quem alimentava sonhos,
igualmente secretos:
- “Era capaz de voltar a
aprender a amar”, ou …
- “Levava-me ao altar”, ou …
-“Com ela, envelhecia de mão
dada”.
Seriam estes os contornos da sua imaginação fértil?
Seriam estes os contornos da sua imaginação fértil?
Durante décadas, o tempo acentuou
o rosto da senhora com suaves traços de beleza impar. Serena, continua a despertar
atenções, embora se diga que, em tempos idos, sim - a sua adolescente beleza,
de tão rara, cativava galanteadores Fred(s) Astaire(s) de “trazer por casa” entre passos e volteios nos salões
de dança.
Passaram-se longos tempos - mais de mil dias! - de silêncios alternados com sorrisos gentis e palavras de ocasião - galanteios, sim, mas sem a pujança mental de quem se alimentava de sonhos...
*
O cavalheiro e a dama, entretanto, reclamam para si
uma estória com final semelhante ao romance (verdadeiro) de Albertina e
Dionídio - o oposto de Romeu e Julieta e Tristão e Isolda.
- “… e foram felizes para
sempre”!
- “Amém”.
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