terça-feira, 19 de junho de 2018

“… e foram felizes para sempre”


Existem estórias (de amor) cujos relatos nem sempre têm um final feliz: “Tristão e Isolda”, de autor desconhecido do século XII (?), ou “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, são disso exemplos.
Felizmente, tal não aconteceu, em 1945, ao casal Albertina e Dionídio, então residentes em Meda de Mouros, perto do meu sítio ( ler aqui:
Sei de outra estória, feita de  sonhos e suspiros, vivida nas redondezas de determinado ideal  feminino,  que justifica letra de forma aligeirada.
Diz quem sabe do secreto e silencioso amor platónico, partilhado no anonimato dos intervenientes, que um cavalheiro teceu com sorrisos gentis e delicadas palavras de ocasião junto de certa dama - galanteios, sim, mas sem a pujança mental de quem alimentava sonhos, igualmente secretos:
- “Era capaz de voltar a aprender a amar”, ou …
- “Levava-me ao altar”, ou …
-“Com ela, envelhecia de mão dada”.
Seriam estes os contornos da sua imaginação fértil?
Durante décadas, o tempo acentuou o rosto da senhora com suaves traços de beleza impar. Serena, continua a despertar atenções, embora se diga que, em tempos idos, sim - a sua adolescente beleza, de tão rara, cativava galanteadores  Fred(s) Astaire(s) de “trazer por casa” entre passos e volteios nos salões de dança.

Passaram-se longos tempos - mais de mil dias! - de silêncios alternados com sorrisos gentis e palavras de ocasião - galanteios, sim, mas 
sem a pujança mental de quem se alimentava de sonhos...
*
 O cavalheiro e a dama, entretanto,  reclamam para si uma estória com  final semelhante  ao romance (verdadeiro) de Albertina e Dionídio - o oposto   de Romeu e Julieta e Tristão e Isolda.
- “… e foram felizes para sempre”!
- “Amém”.

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