Todos os anos, por esta
altura, o palacete cor-de-rosa era o porto de abrigo das andorinhas. Depois de
longa viagem, os seus chilreios faziam-nos companhia até ao outono - alegravam-nos, e eu, pessoa de hábitos, era
por elas que sabia da primavera.
A primavera, é sabido, viaja nas
asas das andorinhas…
Este ano, nem um pio: das
andorinhas, nem sinal. Ficam por aí à solta milhões de mosquitos …
Os pesticidas são a causa
maior desta ausência, penso - não vislumbro outra. A não ser que elas, as
andorinhas, não gostem de casas vazias e abandonadas, ou do meu sítio, das
pessoas, sei lá!
Possivelmente, atrasaram -se...
… ou perderam a bússola e foram passar o verão a outras
bandas.
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