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Largo do Minho - foto retirada da internet com a devida vénia |
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terça-feira, 10 de junho de 2025
Quando o Largo do Minho era o “coração” da Malhangalene
quarta-feira, 28 de maio de 2025
VICTOCALIS, como sempre
Coja, é a “cidade” mais próximada minha bonita e harmoniosa terra natal– está à “distância das nossas mãos”,como a Lurdes reconhece pelas contantes idas e vindas…
A novidade do mapa promove o espaço, o concelho e a região |
quinta-feira, 24 de abril de 2025
O "melhor 25 de Abril de sempre"
O "melhor 25 de Abril de sempre" aconteceu na minha amada terra natal no ano de 2010 graças ao empenho de um grupo de jovens na descoberta da "Pedra Filosofal", (...)uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer (...) - António Gedeão.
Que o "sonho" permaneça vivo em todos nós - agora e sempre...
sábado, 5 de abril de 2025
“Os Metralhas” - a verdadeira história de um sonho
Lourenço
Marques vibrava com os "CORSÁRIOS"
e os "NIGHT STARS", grupos
com elementos talentosos e populares na juventude laurentina – a minha preferência
ia direitinha para as “estrelas da noite”
Mário Ferreira, na guitarra, Carlos “Canguru”,
na bateria, e para a voz do fantástico Bob Woodstock – o "Chubby
Checker moçambicano"!
É neste “mundo maravilhoso” que alguns sonhadores, mas “bons rapazes”, bem diferentes no porte e nas ideias dos populares Irmãos Metralhas dos desenhos aos quadradinhos, batizam com o mesmo nome dos “malandros” da banda desenhada o seu recém-criado conjunto musical. Nasciam os “METRALHAS”!
O grupo dos "aspirantes" a músicos era composto por “Vítor Moreira (viola
baixo),Vítor Saúde (viola solo), Palhota (viola ritmo), Galinha (bateria) e Baião (vocalista), mas nunca
concretizado - apenas as violas foram
parcialmente fabricadas na carpintaria da Escola Industrial pelo Castanheira.
Mais tarde, a sede dos METRALHAS foi inaugurada na garagem da casa do Vítor
Saúde” – texto retirado da página do facebook,
que os saudosistas mantêm viva,
embora desatualizada, fruto das contingências da vida.
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Inauguração da sede dos "METRALHAS" |
O que me aproximou deste “grupo de bons rapazes” foi uma morena de olhos azuis com nome “italianizado”, vizinha dos irmãos Zeca e Galinha, do Vítor Saúde, do João, da Cuca e da Anabela Cordeiro, que era uma “miúda muito gira”, mas pouco dada a conversas. A bem dizer, tocar um instrumento musical nunca foi o meu forte, daí a minha ausência da essência dos “METRALHAS”, mas não da parte social dos elementos do grupo que continuam “na viagem”, como o João de Sousa, Henrique Batista, Vítor Moreira…
A saudade dos que “partiram para parte incerta” faz parte das nossas conversas durante ocasionais mas gratificantes convívios familiares. Se tudo correr como previsto, em Maio próximo será o terceiro encontro dos “METRALHAS” na Beira Serra, zona da minha residência.
Revisitar o Piódão e a Fraga da Pena, conhecer a cidadela romana da Bobadela (Oliveira do Hospital), a milenar Igreja Moçárabe de Lourosa e o Santuário de Nossa Senhora das Preces (Aldeia das Dez), tomar o pequeno - almoço na Praça da “Princesa do Alva (Coja) e “descobrir” a história da minha aldeia através de uma visita à Casa/Museu do Barril de Alva (que já entrava no cadastro da população do Reino de 1527 e foi a terra natal dos Fundadores dos Grandes Armazéns do Chiado, em Lisboa), além do deslumbre das vistas da Serra do Açor… haverá “melhor programa” para oferecer aos meus irmãos do coração?
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Os "METRALHAS" e respetivas familias na Beira Serra A imagem dos "cokuanas" (homens) recorda a visita /surpresa de alguns de nós ao Zeca no seu aniversário, em Santarém |
quarta-feira, 12 de março de 2025
Malhangalene e Barril de Alva juntos na mesma "Marcha"
Com a devida vénia, respigo do “ponto de encontro” do site BigSlam.pt excertos de um excelente trabalho histórico produzido pelo jornalista moçambicano João de Sousa, já falecido, publicada em outubro de 2020, a começar pela assunção das mudanças no “nosso” Bairro:
Tanto na rua de baixo / Como na rua de cima / Toda a gente se conhece / Toda gente se estima / E se alguém te quiser mal / Não tens nada que temer / Tens cá a Rua da Guarda / Que te há-de defender”
Como consta de um documento oficial, (…) esta aldeia ignorada já entrava no cadastro da população de 1527 com a sua dezena de habitantes (…)! – Dr Alberto Martins de Carvalho.
- Bem velhinhas, as raízes do meu sítio…
Sou suspeito, de facto, quando afirmo que a minha terra é linda de ver; bonita e airosa espraia-se por encostas suaves até à margem direita do rio Alva – dos pontos mais elevados, as vistas para a Serra do Açor são soberbas!
Para que conste: MARCHA DO BARRIL DE ALVA:
Quem foi António Silvestre? Nascido no Barril de Alva, ”emigrou” para Moçambiqe, onde fundou a Cervejaria Coimbra, sem sombra de dúvidas, uma das melhores casas do género de Lourenço Marques!
Como acontece com os grandes “hits” musicais, a marcha do “nosso” Bairro, depois do sucesso obtido em Lourenço Marques, com ligeiras adaptações, alcançou êxito nesta pequena aldeia da Beira Serra, “plantada à beira do rio Alva”.
Por cá, agora, pouco se ouve “A Marcha do Barril de Alva” – quem (ainda) canta a preceito é uma jovem do meu tempo – a Fernanda Castanheira!
… O tempo passa. As coisas mudam – tinha razão o meu antigo vizinho João de Sousa.
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1946 - Marcha da Malhangalene nas festas de Lourenço Marques |
sexta-feira, 7 de março de 2025
"Olá sobrinhos"
Depois da descolonização, a maioria dos "retornados" manteve-se na região de Lisboa na tentativa de recomeçar uma nova vida.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
A Casa Vilaça
Um amigo, a propósito do repiso de algumas memórias e das estórias que construo a partir das ditas, afiançou que “sofro de uma doença sem cura” - respondi com um sorriso seguido de palavras que tinha na ponta da língua:
- Ah, mas é uma “doença boa” e tem cura…
... basta o placebo de qualquer coisa - pessoas e lugares, os Night Stars e os Corsários, o Zambi e os Velhos Colonos, os colégios Marques Agostinho e Camões, calças à boca de sino e minissaias, paisagens de céu e mar, flores e florestas, borboletas e elefantes, marimbeiros de Zavala e pescadores de Homoine, o John Orr's, a Casa Vilaça e outras “vidas” passadas, e curo a nostalgia dos tempos em que, naturalmente, sendo jovem, sonhava com a Pedra Filosofal , “…coisa muito desejada mas impossível de atingir”.
Cito de passagem, mas sem ser por acaso, a Casa Vilaça, em Lourenço Marques, pela importância da descoberta de um mundo novo, do qual faziam parte cristais Lalique, Daum, Baccarat, porcelanas Vista Alegre, Limoges, Sévre e Capodimonte, as miniaturas Dinky Toys, Matchbox … e outras marcas internacionais de renome que “tratei por tu”, mas com delicadeza no trato quando decorava os escaparates do estabelecimento ao melhor estilo do que se via na Europa, segundo os valiosos ensinamentos do “tutor” Vilaça.
…Na ausência de algumas valências físicas, para que a (minha) memória não se apague, conto estórias - é um santo remédio para curar a minha doença que, segundo um dos meus amigos, não tem cura – mas tem, como se “vê”!
*
Imagens do site THE DELAGOA BY WORLD, surripiadas com a devida vénia - https://delagoabayworld.wordpress.com/2012/05/01/ver-as-montras-em-lourenco-marques-e-a-casa-vilaca-anos-1960/
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
“A Bola” de Carlos Pinhão e Nuno Ferrari - e de outros mestres – faz anos!
A Bola foi o “meu jornal” de eleição durante os anos sessenta e o jornalista Carlos Pinhão espécie de “guru” na arte de “escrever direito por linhas tortas” (refiro-me aos tempos da censura …).
-A Bola foi e continua a ser o “meu jornal”!
Junto a excelência dos textos de Carlos Pinhão ao génio do fotógrafo Nuno Ferrari e, com facilidade, regresso aos anos sessenta, em Lourenço Marques, com memórias importantes da minha adolescência - sempre com a presença da ”Bola” e do “meu Benfica” que, na época dourada daquele tempo, “enfeitiçou” milhões de portugueses graças aos xicuembos do Costa Pereira, do Coluna, do Eusébio, moçambicanos de gema.
Carlos Pinhão “fez de mim” aprendiz da arte de que era mestre – durante trinta anos dei sentido ao prazer da escrita em diversas publicações…
A Bola com as suas reportagens, transformou simpatia em “paixão” pelo Benfica - fui atleta júnior do Sport Lourenço Marques e Benfica…
É por isso que “Sou do Benfica /e isso me envaidece…”
- E sou da “Bola” –“… um clube (jornal) lutador/que na luta com fervor/nunca encontrou rival/neste nosso Portugal…”.
Vida longa ao jornal A Bola.
domingo, 26 de janeiro de 2025
Casa Pia /Benfica - "o jogo da dança"
“Sem pernas” para correr mais, “sem cabeça” para discernir o melhor passe, inventar a “jogada perfeita”, os atletas, às tantas, ficaram atordoados pelo cansaço do corpo e da alma
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Foto: Sport Lisboa e Benfica |
Os benfiquistas “mais suaves”, como eu, entristeceram com a derrota – a páginas tantas, durante o jogo, se calhar também fizeram como eu e mudaram de canal…
No fim do encontro espreitei “A Bola” - se estava “febril”, “adoeci de vez “.
Esta manhã li (quase) tudo sobre a “desgraça” e não dei conta (?) de alguém entendido na matéria recordar o “jogão” com o Barcelona – tanta luta pela vitória teve custos elevados… e os juros foram “pagos à cabeça”!
“Sem pernas” para correr mais, “sem cabeça” para discernir o melhor passe, inventar a “jogada perfeita”, os atletas, às tantas, ficaram atordoados pelo cansaço do corpo e da alma. De quem é a culpa? Do Barcelona, pois claro…
Como li algures,“… uma vez começadas, as batalhas raramente seguem o guião que os estrategos traçaram para elas”. Foi o que aconteceu com o Bruno Lage.
Nem sempre as “batalhas de Aljubarrota” são vencidas pelos Tugas deste tempo.
sábado, 25 de janeiro de 2025
Eu, o “Bello”e os meninos da escola
Quando os meninos (quase) crescidos brincam, dizem e fazem coisas, muitas coisas.
… E falam alto - por vezes atiram “piropos” a quem passa para lá do gradeamento do recinto da escola…
…E riem muito, com o sonoro das falas a crescer nas gargantas.
As conversas misturadas com os risos são uma galhofa contagiosa.
Aparentemente, naquele dia, os meninos estavam “felizes”...
Um deles alertou o grupo:
- Olha um cão!
De imediato, outro menino (quase crescido), afinado na sonoridade da voz, acrescentou:
- ... velho como o dono!
O dono do cão concordou:
- Tens toda a razão, nunca disseste coisa mais acertada!
O menino (quase) crescido que alertou o grupo, questionou o dono do cão:
- Que idade tem o cão?
O dono descansou a trela do cão e, delicadamente, respondeu:
- Quase dezassete – mas eu tenho um bocadinho mais!…
Fez-se silêncio no grupo dos meninos da escola!
…Eu e o “Bello”, o cão, continuámos o nosso passeio aconchegados pelo silêncio que “soprava” do banco corrido onde os meninos (quase) crescidos sentavam os fundilhos das calças.