Certo dia, o meu conterrâneo e amigo José Manuel Nobre veio à redação da revista Plateia, da Agência Portuguesa de Revistas, com o intuito de me sensibilizar para o “monumental” edifício que a Sociedade Filarmónica Barrilense estava a erguer na sede da freguesia.
Obra de envergadura numa terra pequena precisa de todas as ajudas…
Na época, a figura maior da música ligeira portuguesa dava pelo nome de MARCO PAULO! Um feliz reencontro com o artista trouxe a “minha” Filarmónica para a ponta da língua – de supetão pedi a sua ajuda:
- Com muito gosto, disse ele, se é para a Filarmónica... tenho de ver quando tenho uma data livre (…).
Acertámos pormenores, e o MARCO PAULO, graciosamente, veio ao Barril de Alva para uma jornada que lhe ficou na memória (e dos barrilenses!), como fazia questão de recordar sempre que nos cruzávamos pelas festas e arraiais deste país; em Toronto, no Canadá, em 1981, através da Rádio, fez questão de falar “daquele dia em que participou num piquenique (no parque de merendas AIACO) e a Banda o surpreendeu com uma marchinha em que (também) decidiu participar…
Tive o privilégio da sua amizade e a proximidade da sua simpatia durante largos anos, que agora recordo através de uma “mão cheia” de momentos inesquecíveis.
Hoje, manhã cedo, acordei com a notícia da sua derradeira viagem para um “concerto” no “Oriente Eterno”.
Até um dia, MARCO PAULO.
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