sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Primeia página


Há dias em que baralho as ideias de tal forma que me obrigo a reflexão mais ou menos minuciosa. O mundo, na verdade, não fica de pernas para o ar quando tal acontece. No meu caso, o mundinho onde me movo, de tão pequeno, passa despercebido, mas quando tenho as ideias desordenadas, fica mesmo virado ao contrário, como aconteceu um dia destes quando folheava um jornal diário.
Um anúncio dos “classificados” publicitava que determinada senhora oferecia os seus préstimos para acalmar o "stress dos leitores". Em três linhas apresentava o currículo físico e deixava adivinhar, no final do texto que era  "especialista na matéria", com o pormenor acrescido de, dizia ela, ter sido namorada de um futebolista!
O reino da publicidade usa palavras “plebeias” que nos empurram para o consumo de determinado produto; no caso, o eventual facto da referida dama ter namorado com um fulano que ganha a vida ao chuto (numa bola), e isso representar mais valia no marketing do “artigo,” fez-me sorrir...
Imagine-se a primeira página de certo tabloide, ou uma qualquer revista "cor de rosa" - tanto faz :
- "Fulana de tal, ex namorada do futebolista Y, assume-se como prostituta” – e acrescentaria o seu (dela) número do telemóvel para que pudessem ser confirmados “ao vivo" os prazeres implícitos que o rapaz da bola "atirou às malvas"! 
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Adaptado da croniqueta publicada em março de 2009, com o título "Prazeres implícitos"

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