quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Quando o telefone toca

Depois da calamidade de outubro, com  as chamas a lamberem as traseiras da minha casa, fiquei sem possibilidades de  continuar com a  ocupação dos "tempos livres", via internet, com mais ou menos tempo ligado à antena. Há  costumes assim, viciantes, assumo,  mas que fazer por aqui, no meu sítio, eu setentinha,  para além da leitura e da escrita e, vamos lá,  cuidar  do jardim (o resto da quinta está em permanente pousio) dos animais de companhia, da casa e de moi même?
Ao longo das estradas,  os cabos  "do sinal" do telefone ficaram  esturricados. Quilómetros e quilómetros de fio sem "vida", de mim para mim e para quem carpia comigo a mesma  desgraça,  ia dizendo  que   "... talvez em janeiro tudo voltasse  à normalidade". E foi.!
Neste espaço de tempo, perdi a conta aos telefonemas que fiz para a operadora com quem assinei determinada prestação de serviços; com mais ou menos dificuldades fui levando a carta a Garcia, os queixumes de  sempre, etc e tal,  do outro lado da linha   a simpatia  das palavras "... lamentamos, estamos no terreno, sim, sim - vamos enviar-lhe uma nota de crédito...".
Já com a comodidade da fibra óptica instalada, recebi um telefonema da operadora, voz de menina, gentil como convém, mas desta vez  ainda mais  simpática, a voz:  "pedimos desculpa pelo incómodo destes últimos meses, sem o nosso serviço,  esperamos o melhor, daqui para a frente e..."  a voz, a mando de quem dá ordens, excedeu as minhas expectativas -  gostei.


- É do "quando o telefone toca"? Posso pedir um disco?   Obrigadinho... não, é sem dedicatória, é "p'ra" mim...

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