Depois da calamidade de outubro, com as chamas a lamberem as traseiras da minha casa, fiquei sem possibilidades de continuar com a ocupação dos "tempos livres", via internet, com mais ou menos tempo ligado à antena. Há costumes assim, viciantes, assumo, mas que fazer por aqui, no meu sítio, eu setentinha, para além da leitura e da escrita e, vamos lá, cuidar do jardim (o resto da quinta está em permanente pousio) dos animais de companhia, da casa e de moi même?
Ao longo das estradas, os cabos "do sinal" do telefone ficaram esturricados. Quilómetros e quilómetros de fio sem "vida", de mim para mim e para quem carpia comigo a mesma desgraça, ia dizendo que "... talvez em janeiro tudo voltasse à normalidade". E foi.!
Neste espaço de tempo, perdi a conta aos telefonemas que fiz para a operadora com quem assinei determinada prestação de serviços; com mais ou menos dificuldades fui levando a carta a Garcia, os queixumes de sempre, etc e tal, do outro lado da linha a simpatia das palavras "... lamentamos, estamos no terreno, sim, sim - vamos enviar-lhe uma nota de crédito...".
Já com a comodidade da fibra óptica instalada, recebi um telefonema da operadora, voz de menina, gentil como convém, mas desta vez ainda mais simpática, a voz: "pedimos desculpa pelo incómodo destes últimos meses, sem o nosso serviço, esperamos o melhor, daqui para a frente e..." a voz, a mando de quem dá ordens, excedeu as minhas expectativas - gostei.
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