Certo sujeito ocupava os tempos livres de uma forma "bélica", isto é: dizia-se caçador, mas o que realmente fazia era "matar tudo o que mexia" à frente do ponto de mira da sua espingarda - matador, portanto. Um caçador tem regras, que respeita, quando dá ao gatilho; um matador torna-se num assassino, li algures...
Um dia desta semana, chegado a casa, dei conta da gentileza do Abílio e do seu compadre, decididos em por cobro ao manto de erva que cobria os terrenos do meu quintal, agora em pousio. Nada lhes pedi, mas como o Abílio cuida das minhas oliveiras, recolhe a azeitona e guarda o azeite, o gesto era simpático, de certo modo retributivo - agradeci.
Depois do trabalho feito, dei uma volta pelo quintal...
Dos pés de salsa e das plantinhas de hortelã que nasciam selvagens em determinados sítios, nem sinal, e a erva cidreira tinha-se "evaporado". Os pés de morangueiro "morreram" em flor e parte da roseira brava ficou tosquiada!
Do que me deu pena, mesmo muita pena, foi ter desaparecido uma roseira cujas flores nasciam pintadas de grená, lindas, lindas, e batizada com nome de pessoa estimada.
A planta era uma lembrança da mãe Natália.
A planta era uma lembrança da mãe Natália.
Uma vez, espetou na orla do feijoal o que restava de uma rosa da mesma cor, grená, e cresceu uma bela planta. Por ano, brindava-me com uma ou duas flores, lindas, lindas...
A mãe Natália, fazia "milagres": tudo o que plantava, crescia, como a roseira cujas flores nasciam pintadas de grená, lindas, lindas...
A mãe Natália, fazia "milagres": tudo o que plantava, crescia, como a roseira cujas flores nasciam pintadas de grená, lindas, lindas...
Há "matadores" assim - nem tudo o que parece é erva daninha...
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