terça-feira, 10 de maio de 2016

Uma vénia aos mestres

Domingo com chuva, alguns raios de sol, vento e frio, muito frio. Nada de mais, estava previsto - o melhor era aproveitar o tempo, em casa e não fora dela, ocupando as horas com alguma utilidade mental; o corpo pede descanso, descanso-o, mas um dia destes, na próxima ida às compras, terei de acrescentar alguns centímetros à cintura das novas calças e trocar o símbolo “M” pelo “L” nas camisas.
Um domingo assim deixa-me sisudo comigo mesmo, e ainda bem que é só comigo - imagine-se outra companhia para além das duas gatas, que não falam, mas miam coisas, pedem coisas: comida, um passeio pelo jardim… - não sou simpatia de ter por perto nos dias como o de hoje, que é domingo…
É domingo e chove. Sem obrigações institucionais ou outras, ocupei as horas com alguma leitura.
Regressei aos alfarrábios dos meus tempos de adolescente e fui encontrar um livro deveras interessante: “Da Pintura Portuguesa”, de José Augusto França, coleção “Ensaio”, edição “Ática”. As coisas que eu lia!...
Mais tarde, espreitei os blogs a que me associei pela leitura, descobri mais uns quantos - perdi-me nas horas.
Ainda preso à leitura, entrei na noite, encerrei o dia…
Pensando bem, quem sou eu, se “não sei ler nem escrever, só soletrar…”? Bem preciso de alguém que me dê ”a primeira letra (…)”. Uma vénia aos mestres que me ensinaram a arte de sonhar, lendo.

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