segunda-feira, 30 de maio de 2016

A "culpa" é minha, confesso...

À mesa éramos dezoito!

Disse a Carla:
- A "culpa" é tua !
Digo eu:
- Sortudo, eu, pela excelência dos meus filhos e suas metades, como "avisei" aqui: http://calbertoramos.blogspot.pt/2016/05/como-se-constroi-um-arranha-ceus.html


(...) "À Carla, quando nasceu, acrescentámos Manuela, nome da mãe. 
O Carlo (e não Carlos...) tem  Nuno no nome. 
Entre os dois há uma diferença de um ano e dois dias nas certidões de nascimento. 
Ambos são quarentões, mas pouco. 
Os dois têm dois filhos pela mesma ordem de nascimento: primeiro veio o menino, depois a menina. Gonçalo e Mariana, Francisco e Leonor.
Ambos são Fonseca Ramos, como a Ivânia e o Hugo...
A Rita,  primeiro é Ana e assina  Bravo, com   Ramos no fim . É trintinha  no cartão de cidadão e ainda não me deu netos...
Os cinco têm as suas metades, lindas por fora, maravilhosas e encantadoras  por dentro.
... E assim se ergue um arranha céus com vista  panorâmica para o futuro".
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Nota
Diz a Carla,  senhora das arquiteturas, que " (...) a diferença entre a Carla e o Carlo é de 1 ano menos 2/3 dias! Entre 17 e 19 de maio, ficamos os dois da mesma idade".
Pois ... dias 17, 19, menos 2/3 dias - "é só fazer as contas..." - foi o que a Carla fez! :-)...


domingo, 29 de maio de 2016

O tempo com um "brilhozinho nos olhos"



-"Coitado. Está velhote..." - comentou a Graça Sampaio (http://picosderoseirabrava.blogspot.pt/) a propósito  do meu  post/"desabafo" S. Pedro, "o zangado"
Digo eu:
- Velhote, acredito, mas não pode perder o "juízo". O certo é voltar a "legislar" com sabedoria e deixar a primavera fazer a sua parte - e o verão, o outono e o inverno, idem , aspas, aspas...
Vá lá, agora, no meu sítio, S. Pedro  brindou-me  com um "brilhozinho nos olhos" e o sol anda aos saltinhos por entre as nuvens...
Reclamar (às vezes) "resulta"!..

sábado, 28 de maio de 2016

S.Pedro, o "zangado"...






Não é um lamento, antes uma  constatação: está a chover, logo hoje que começa o meu fim de semana em família.
Algo  se passa no céu, onde mora S.Pedro, "dono do tempo", diz-se...
Ou o problema é  a "pessoa" de S.Pedro, o "zangado" ?
...E uma  conversinha  de pé de orelha, não resolvia o "problema", S.Pedro ?

terça-feira, 24 de maio de 2016

"Cor de burro quando foge"

Há dias em que me dá uma coisa meio chata por implicar trabalhos também chatos.Uma coisa chata, por exemplo, é ter de engraxar um par de  sapatos, o que é normalíssimo, mas quando me dá uma coisa chata no plural, como hoje, coloco vários pares (de sapatos)  em cima do balcão da churrasqueira, no quintal e pronto - lá vai graxa! Primeiro os (sapatos) pretos, depois os (sapatos) castanhos...Desta vez, tinha cinco pares (de sapatos): dois pretos e três castanhos - a cor que mais gosto (nos sapatos). A coisa chata no plural ia  em velocidade cruzeiro - e os (sapatos) pretos ficaram luzidios  num "abrir e fechar de olhos" Continuei na cor. Eis  senão quando, mais atento ao trabalho chato, dou conta que já ia no terceiro par de sapatos... que eram castanhos - ficaram pretos, ou meio pretos acastanhados, ou "cor de burro quando foge". Pronto.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

"São rosas, senhor..."

"Conta a lenda que, um dia, estava a rainha santa Isabel com as suas aias rodeada de vários pobres. Seu marido, o rei D. Dinis, aproximou-se e perguntou:
— Que tendes vós aí ?
E a rainha respondeu:
— São rosas, senhor, são rosas!
E do seu colo caíram rosas conforme a rainha dissera.
Foi assim que ficou conhecido o milagre das rosas, pois o pão que a rainha trouxera e distribuía se transformara em belas rosas.
É esta a lenda que ilustra a santidade desta rainha e a sua mensagem de amor ao próximo".

domingo, 22 de maio de 2016

Escola, Rádio, Teatro e Bombeiros

Fim de semana em grande no meu sítio!

Na sexta feira, um "eco jantar" na escola Mendes Ferrão, em Coja, trouxe novos sabores ao meu palato: creme de brócolos, hambúrgueres de grão de bico,  e morangos com iogurte.  A "ideia" foi dos jovens alunos Mariana, Diogo e Guilherme, que  venceram o concurso "Eco Cozinheiros”, inserido no Programa Eco Escolas, promovido a nível regional pela Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra. Parabéns, pois, aos futuros "chefes de cozinha".
Sábado foi dia grande para o Rádio Clube de Arganil que juntou no seu XII Convívio das Madrinhas da instituição mais de novecentas pessoas! Gentes da "minha" serra e das terras vizinhas  trouxeram um bonito colorido a Coja, local do evento. Foi lindo de ver, digo-vos eu, que estive lá. A festa começou ao almoço e entrou pela noite, que havia de ter outro momento alto no...
... Barril de Alva, no belíssimo salão da Filarmónica local, com a ante estreia da peça de teatro "O mistério do Papa Formigas". "MOSCA & BIGODES" (Fernanda Santana e Silvino Lopes) são os protagonistas de um pequeno elenco que, desta vez, contou com algumas coreografias de elementos do Rancho Infantil e Juvenil de Coja. O texto, foi (muito bem) escrito pelo Silvino e está recheado de humor e peripécias "estranhas" durante as tentativas para desvendar o mistério do "Papa Formigas" - coisas de "agentes secretos" com final feliz - excelente a mensagem sobre os direitos dos animais. Mais parabéns  ao grupo "Os Gorgulhos - Teatro na Serra".
Hoje, domingo, a meio da tarde, volto a Coja para ver passar o desfile de fanfarras, organizado pelos Bombeiros locais.
Agora vou tratar do almoço...

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Como se constrói um arranha céus

Hoje, dia 19,  é o dia da Carla; no passado dia 17 foi o dia do Carlo. 
À Carla, quando nasceu, acrescentámos Manuela, nome da mãe. 
O Carlo (e não Carlos...) tem  Nuno no nome. 
Entre os dois há uma diferença de um ano e dois dias nas certidões de nascimento. 
Ambos são quarentões, mas pouco. 
Os dois têm dois filhos pela mesma ordem de nascimento: primeiro veio o menino, depois a menina. Gonçalo e Mariana, Francisco e Leonor.
Ambos são Fonseca Ramos, como a Ivânia e o Hugo...
A Rita,  primeiro é Ana e assina  Bravo, com   Ramos no fim . É trintinha  no cartão de cidadão e ainda não me deu netos...
Os cinco têm as suas metades, lindas por fora, maravilhosas e encantadoras  por dentro.
... E assim se ergue um arranha céus com vista  panorâmica para o futuro.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Satori e o príncipe encantado


Olá - eu sou a "Satori", e sou chamada assim por causa da minha dona Rita, que me adotou quando eu era uma "menina" sem graça.
"Satori", é um (...) termo japonês budista para iluminação. A palavra significa literalmente "compreensão" (...) - disse o pai da Rita, com quem agora moro, por ter lido na Wikipédia, e eu acredito, mas gosto mais quando me chama de "princesa"....
Sempre fui muito ladina, brincalhona e chata, principalmente quando estou "naqueles dias" em que me apetece fugir para o quintal, conhecer "mundo" e, quem sabe, um "príncipe encantado".
Estava eu a falar do meu sonho: encontrar um "príncipe encantado" - encontrei-o agora !
Na semana passada eu e a minha "prima" "Banzi", que já foi mamã, repetimos o passeio matinal pelo jardim cá de casa. De repente, parei de correr: a meia dúzia de "passos" estava um gatão a sério, lindo como nunca tinha visto! "Cumprimentei-o" com um dos meus miaus mais doces e ele retribuiu com um miau grosso, de "pessoa crescida". O meu dono, como sempre, estava logo atrás mas não disse nada - nem sequer me mandou de volta para casa:
- "Satori", vamos para dentro...
Não sei o que se passou pela cabeça dele, do meu dono, mas a verdade é que quando olhei, tinha-se afastado, deixando-me ali, enamorada, trocando "conversas" que nem  sei bem como explicar...
Quanto a intimidades, desculpem, disso não "falo" - é um assunto privado.
... E foi assim que conheci o "meu príncipe encantado", de quem mostro uma fotografia para confirmarem o meu bom gosto. 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Beleza de maio


Em maio - sorte a minha pelas rosas vermelhas do meu jardim 
*
(...) A minha rosa vermelha
mais parece uma romã
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã (...)
- Ary dos Santos -

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Morrer de amor


"...Sempre tinha julgado que morrer de amor não passava de uma liberdade poética. Naquela tarde, de regresso a casa outra vez sem o gato e sem ela, verifiquei que não era só possível morrer, mas que eu próprio, velho e sem ninguém, estava a morrer de amor.
...Mas também me apercebi que era válida a verdade contrária: não teria trocado por nada deste mundo as delícias do meu pesar".
___
Gabriel Garcia Márquez
"Memórias das minhas putas tristes

terça-feira, 10 de maio de 2016

Delicodoces e crocodilianas






Num sonho fiz de morto
e deixei-me ficar assim, morto,
esperando pelas palavras
delicodoces
e  lágrimas
crocodilianas.
Acordei nos entrementes  do sonho
sem o  merecimento de palavras
delicodoces
e lágrimas
crocodilianas
devidas a quem falece
sem ser num sonho

Vénia aos mestres

Domingo com chuva, alguns raios de sol, vento e frio, muito frio. Nada de mais, estava previsto - o melhor era aproveitar o tempo, em casa e não fora dela, ocupando as horas com alguma utilidade mental; o corpo pede descanso, descanso-o, mas um dia destes, na próxima ida às compras, terei de acrescentar alguns centímetros à cintura das novas calças e trocar o símbolo “M” pelo “L” nas camisas.
Um domingo assim deixa-me sisudo comigo mesmo, e ainda bem que é só comigo - imagine-se outra companhia para além das duas gatas, que não falam, mas miam coisas, pedem coisas: comida, um passeio pelo jardim… - não sou simpatia de ter por perto nos dias como o de hoje, que é domingo…
É domingo e chove. Sem obrigações institucionais ou outras, ocupei as horas com alguma leitura.
Regressei aos alfarrábios dos meus tempos de adolescente e fui encontrar um livro deveras interessante: “Da Pintura Portuguesa”, de José Augusto França, coleção “Ensaio”, edição “Ática”. As coisas que eu lia!...
Mais tarde, espreitei os blogs a que me associei pela leitura, descobri mais uns quantos - perdi-me nas horas.
Ainda preso à leitura, entrei na noite, encerrei o dia…
Pensando bem, quem sou eu, se “não sei ler nem escrever, só soletrar…”? Preciso de alguém que me dê ”a primeira letra (…)”. 
Vénia aos mestres que me ensinaram a arte de sonhar, lendo.

sábado, 7 de maio de 2016

“Pra” mim, só vendo...

Deu nas notícias que foram descobertos três planetas que giram à volta de uma pequena estrela. Possivelmente, podem ter vida - de ”gente”, digo eu.
Assim sendo, não perdi tempo em espalhar a “boa nova” junto dos meus patrícios, convencido de que o assunto podia transformar-se em conversa amena, bem diferente das que acontecem quando nos encontramos à hora da bica, depois do almoço: futebol, futebol e futebol – “fantástico”, como se não houvesse nada mais importante para dizer nos dez minutos que vão entre a chávena posta na mesa, o gostinho do café e um “cheirinho” de bagaço a fazer gosto.
- ...Ouviram a notícia sobre a descoberta de três planetas? - deixei no ar e esperei...
Ainda o futebol era assunto quando um dos presentes, a dado momento, interrompeu a (sua) “tática” para o jogo do Benfica com o Marítimo e fez de mim o centro da sua atenção.
- Ainda acreditas “nessas coisas”? “Pra” mim, só vendo, ou então alguém que me diga: eu vi!, como agora em Fátima, o sol a dançar. A malta toda viu! Nisso acredito, agora... sei la onde, descobrir planetas… é tão verdade como os americanos terem ido à lua. Ó “ti” António, então o meu bagacinho?
Ainda eu, merecedor de atenções:
- Olha lá, o Gaitan sempre joga na Madeira? É pá, o Benfica está de rastos… se fosse eu a mandar…
Sem mais demoras, dei uma corridinha para o carro... a pretexto da chuva, que estava de volta.
- É pá, já vais?
Pois, a chuva é molhada...

sexta-feira, 6 de maio de 2016

A forma e o conteúdo

"Um sorriso por dia nem sabe o bem que lhe fazia" :)
Um sorriso tem sempre duplo efeito, faz bem a quem o dá e faz bem a quem o recebe (...) - GM

.. Que "péssimo defeito" o (meu) encantamento pela felicidade dos outros.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

O segredo, segundo Gabriel Garcia Márquez

A senhora é de poucas falas, na verdade mal a conheço, mas sempre que nos cruzamos sorri e toma a iniciativa do cumprimento de ocasião.
Há dias,  no café da praça, foi mais longe nas palavras de circunstância e  perguntou como ia o meu coração. Calmo e sossegado, vou indo... andando, respondi,  e voltei a sorrir...
A senhora tomou a palavra: 
- Como sempre o vejo sorridente, ninguém diz que esteve com um "pé no outro lado"...
- Já lá vão uns anitos, é verdade, mas nem sempre o sorriso é sinal despreocupado, respondi,  e voltei a sorrir....
A senhora é de poucas falas, na verdade mal a conheço...
Razão tinha Gabriel Garcia Márquez: "Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiveres triste, porque nunca se sabe quem se pode apaixonar pelo teu sorriso".
Pois...
.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Albertina e Dionídio

Peregrinei pelas minhas memórias e reencontrei-me com a estória de Albertina e Dionídio, publicada em junho de 2009. 
Se há estórias de amor dignas de fita de cinema, esta é uma delas.
-
Para sempre – 50 cartas de amor de todos os tempos”, é uma pequena enciclopédia com mensagens, frases, reflexões e imenso romantismo. 
O filósofo Jean Jacques Rousseau dizia que elas, as cartas, “começam sem saber o que se vai dizer, e terminam sem saber o que se disse". Álvaro de Campos, foi mais longe e deixou para a posteridade outra frase célebre: “todas as cartas de amor são ridículas…”!
O livro reúne textos de várias personalidades, de Beethoven a Chopin, de Franz Kafka a Fernando Pessoa. Os homens não diferem muito nas questões do coração quando o descobrem apaixonado e, por vezes, retratam o sentimento de forma tão sublime quanto pueril…
Para lá das cartas trocadas pelos amantes, há estórias (de amor) cujos relatos nem sempre têm um final feliz: “Tristão e Isolda”, de autor desconhecido do século XII (?), ou “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, são disso exemplo. Felizmente, tal não aconteceu, em 1945, ao casal Albertina e Dionídio, residentes em Meda de Mouros, aqui bem perto!
A força da paixão dos jovens amantes levou de vencida as contrariedades ao muito bem querer com que enfeitaram os sonhos, como se conta ao correr da pena, depois de lido o livro “Meda de Mouros e as suas gentes”, de Salvador da Costa e Luís Castanheira.

Era uma vez...
Albertina de Jesus e Dionídio Pereira namoriscavam-se e disso não guardavam segredo. O entusiasmo do primeiro amor, naquele tempo, era capaz de quase tudo, excepto contrariar interesses familiares.
Eduardo, bastante mais velho, viúvo, industrial de panificação, entendeu alargar os sues apetites amorosos e declarou-os à Albertina e aos pais, que se mostraram “sensíveis” aos seus interesses e promessas de casa farta…
- Nunca! – terá dito Albertina, a conversada do Dionídio.
Porém, a insistência foi tanta que a pobre rapariga, por respeito (ou medo?) aos progenitores, acedeu. Ela e o Eduardo, o viúvo, à socapa, foram comprar o enxoval sem se rodearam de grandes cuidados e a notícia não tardou em chegar ao conhecimento do Dionídio que, “…perdido de amor, adoeceu, ficou acamado, recusou alimentar-se e dizia à mãe que morreria se não lhe fossem buscar a Albertina”! A senhora, perante a dor do seu amado filho, implorou aos pais da Albertina que tivessem em conta o amor de ambos, mas de nada valeram as lágrimas, que certamente terá enxugado com uma das pontas do xaile negro com que se cobria. Conta-se, na estória, que a senhora, “com o espírito amargurado, caminhou em clamor pela rua acima…”.
Perante tamanha tragédia, dois amigos do apaixonado Dionídio convenceram-no a raptar a amada, e logo engendraram um plano, que passava pela ida da Albertina à fonte, ao anoitecer, onde havia de explicar-se, olhos nos olhos, ao seu Dionídio. Nada consta sobre os pormenores do “rapto”, mas sabe-se que ela deixou a rodilha e o cântaro na fonte e refugiou-se na casa de um dos mentores do acto, o Augusto Lopes.
Ao saber do caso, Luís Pereira, pai da Albertina, na companhia de dois irmãos desta, foi em busca da filha. Chegados ao refúgio, vem a Albertina com lágrimas a rolarem pela face, e corajosamente enfrenta os familiares, afiançando-lhes que só se casaria com o Dionídio. 
Conformados, pai e irmãos, regressaram a casa….
Mais tarde realizou-se o casamento da Albertina e do Dionídio… e foram felizes para sempre!
Agora, aos noventa anos, a memória da dona Albertina já não é o que era. Se fosse, a estória viria inteira!
Do viúvo Eduardo nada (mais) consta.

Refrão...

Porque é maio,
mês de rosas, amores
e outras cantigas,
posso ser o refrão da tua primavera
no meu outono?
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