Lourenço
Marques vibrava com os "CORSÁRIOS"
e os "NIGHT STARS", grupos
com elementos talentosos e populares na juventude laurentina – a minha preferência
ia direitinha para as “estrelas da noite”
Mário Ferreira, na guitarra, Carlos “Canguru”,
na bateria, e para a voz do fantástico Bob Woodstock – o "Chubby
Checker moçambicano"!
É neste “mundo maravilhoso” que alguns sonhadores, mas “bons rapazes”, bem diferentes no porte e nas ideias dos populares Irmãos Metralhas dos desenhos aos quadradinhos, batizam com o mesmo nome dos “malandros” da banda desenhada o seu recém-criado conjunto musical. Nasciam os “METRALHAS”!
O grupo dos "aspirantes" a músicos era composto por “Vítor Moreira (viola
baixo),Vítor Saúde (viola solo), Palhota (viola ritmo), Galinha (bateria) e Baião (vocalista), mas nunca
concretizado - apenas as violas foram
parcialmente fabricadas na carpintaria da Escola Industrial pelo Castanheira.
Mais tarde, a sede dos METRALHAS foi inaugurada na garagem da casa do Vítor
Saúde” – texto retirado da página do facebook,
que os saudosistas mantêm viva,
embora desatualizada, fruto das contingências da vida.
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Inauguração da sede dos "METRALHAS" |
O que me aproximou deste “grupo de bons rapazes” foi uma morena de olhos azuis com nome “italianizado”, vizinha dos irmãos Zeca e Galinha, do Vítor Saúde, do João, da Cuca e da Anabela Cordeiro, que era uma “miúda muito gira”, mas pouco dada a conversas. A bem dizer, tocar um instrumento musical nunca foi o meu forte, daí a minha ausência da essência dos “METRALHAS”, mas não da parte social dos elementos do grupo que continuam “na viagem”, como o João de Sousa, Henrique Batista, Vítor Moreira…
A saudade dos que “partiram para parte incerta” faz parte das nossas conversas durante ocasionais mas gratificantes convívios familiares. Se tudo correr como previsto, em Maio próximo será o terceiro encontro dos “METRALHAS” na Beira Serra, zona da minha residência.
Revisitar o Piódão e a Fraga da Pena, conhecer a cidadela romana da Bobadela (Oliveira do Hospital), a milenar Igreja Moçárabe de Lourosa e o Santuário de Nossa Senhora das Preces (Aldeia das Dez), tomar o pequeno - almoço na Praça da “Princesa do Alva (Coja) e “descobrir” a história da minha aldeia através de uma visita à Casa/Museu do Barril de Alva (que já entrava no cadastro da população do Reino de 1527 e foi a terra natal dos Fundadores dos Grandes Armazéns do Chiado, em Lisboa), além do deslumbre das vistas da Serra do Açor… haverá “melhor programa” para oferecer aos meus irmãos do coração?
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Os "METRALHAS" e respetivas familias na Beira Serra A imagem dos "cokuanas" (homens) recorda a visita /surpresa de alguns de nós ao Zeca no seu aniversário, em Santarém |