Dos tempos da escola primária sobraram uns quantos resquícios da “inimizade que fui mantendo” com os vizinhos espanhóis, por culpa das estórias que a História de Portugal ensinava, é bom de ver, e não por quaisquer outros motivos…
Com o mar a bordejar a costa, da Espanha, pela fronteira terrestre, poderia chegar o perigo em passada larga ou curta, daí que fizesse algum sentido o aforismo: “De Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”!
E foi assim durante anos, sempre com a perversa imagem que vinha de longe, pela fé e maledicência (?) dos mais velhos.
À medida que o tempo foi passando, as ideias clarificaram-se - África atravessou-se no meu caminho, cresci como homem, e concluí com toda a naturalidade que fomos tão “marotos” como as gentes de todos os sítios e de todos os tempos, espanhóis incluídos. Conheci de perto uma mão cheia deles, viajei por caminos e carreteras, partilhei costumes cívicos idênticos aos nossos - habituei-me aos nossos vizinhos com o gosto de quem gosta das pessoas.
Portugal, embora país pequeno, com menos cidadãos por metro quadrado, é capaz de subir aos “píncaros da lua” e “levar a carta Garcia” com qualidade, dignidade e sucesso, o que muito nos honra – não vale a pena repetir que (ainda) somos campeões da Europa em futebol, vencemos o festival das cantigas na Eurovisão e este ano demos cartas na organização do evento, a Expo 98 foi um sucesso, etc e tal…
E "inventámos" uma geringonça… que “voa”!
A “coisa” tem sido objeto de estudos, e há quem descubra nas leis vigentes, um pouco pela Europa fora, que esta dita “coisa” tem pernas para andar!
Terá?
É possível mudar de chefe de governo num “abrir e fechar de olhos”?
É!
...Quase "como quem troca de camisa", sai Rajoy, entra Sánchez.
Que viva españa!
_____________
- Texto adpatado da coniqueta “Chiquelinas” na bola", publicada em feveeiro de 2018