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sábado, 30 de abril de 2016
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Agora, um sorriso ...
A trepadeira que corre ao longo do muro que separa o jardim do quintal, uma roseira (quase) "selvagem", em maio brinda-me com rosas grená, mas de pouca vida. Lindas, lindas estas rosas grená dizem ao que vêm, encantam-me, e logo falecem....
Ontem reparei nos botões, hoje, agora, durante a peregrinação pelo jardim espantei-me com esta belíssima espécie - razão tem a Helena Maria Camacho Simoes, que me apaparicou com palavras: "Não se matam flores....e muito menos as batizadas com nome de gente ..... Outras rosas irão nascer, podes crer.! "
Depois dos lamentos, a mãe Natureza apiedou-se de mim.
Agora, um sorriso ...
Agora, um sorriso ...
quinta-feira, 28 de abril de 2016
O "matador" de flores
Certo sujeito ocupava os tempos livres de uma forma "bélica", isto é: dizia-se caçador, mas o que realmente fazia era "matar tudo o que mexia" à frente do ponto de mira da sua espingarda - matador, portanto. Um caçador tem regras, que respeita, quando dá ao gatilho; um matador torna-se num assassino, li algures...
Um dia desta semana, chegado a casa, dei conta da gentileza do Abílio e do seu compadre, decididos em por cobro ao manto de erva que cobria os terrenos do meu quintal, agora em pousio. Nada lhes pedi, mas como o Abílio cuida das minhas oliveiras, recolhe a azeitona e guarda o azeite, o gesto era simpático, de certo modo retributivo - agradeci.
Depois do trabalho feito, dei uma volta pelo quintal...
Dos pés de salsa e das plantinhas de hortelã que nasciam selvagens em determinados sítios, nem sinal, e a erva cidreira tinha-se "evaporado". Os pés de morangueiro "morreram" em flor e parte da roseira brava ficou tosquiada!
Do que me deu pena, mesmo muita pena, foi ter desaparecido uma roseira cujas flores nasciam pintadas de grená, lindas, lindas, e batizada com nome de pessoa estimada.
A planta era uma lembrança da mãe Natália.
A planta era uma lembrança da mãe Natália.
Uma vez, espetou na orla do feijoal o que restava de uma rosa da mesma cor, grená, e cresceu uma bela planta. Por ano, brindava-me com uma ou duas flores, lindas, lindas...
A mãe Natália, fazia "milagres": tudo o que plantava, crescia, como a roseira cujas flores nasciam pintadas de grená, lindas, lindas...
A mãe Natália, fazia "milagres": tudo o que plantava, crescia, como a roseira cujas flores nasciam pintadas de grená, lindas, lindas...
Há "matadores" assim - nem tudo o que parece é erva daninha...
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Hino Nacional - "...uma lágrima no canto do olho (....) "
Hoje, por ser hoje
"Flor de Cerejeira significa a beleza feminina e simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança"
domingo, 24 de abril de 2016
Amanhã é feriado
Possivelmente vou ficar por casa, a menos que o sol me convide para um passeio fora de portas, serra acima. Podia escolher outro tipo de viagem, eu sei...
Amanhã, por ser feriado, sobram convites para viagens em tons de vermelho, por ser abril, o mês, e o dia, 25. Cansado de discursos, fico-me pela cor, a minha preferida, e pela flor, uma das que também gosto, o cravo.
Abril, 1974, dia 25. Passava das quatro da tarde em Lourenço Marques. A caminho da Sommerschield, bairro chiquérrimo desse tempo (e ainda é!), ouço na rádio que tinha acontecido uma "revolta" em Lisboa. Uma revolta? "Tá" tudo doido! - comentei (se não foi assim, fica assim - à distância de quarenta anos, importa o que pensei e disse?) na pausa da conversa que mantinha com o "pendura", outro Carlos , guarda redes do Sport Lourenço Marques e Benfica, a quem tinha dado boleia no novíssimo Ford Escort 1300 GT. - uma máquina "infernal", garanto !
Depois, a história fez a sua parte...
É por isso que amanhã é feriado, pela história do dia e não pela cor da flor colocada no cano da espingarda - muito menos pelo destino que me calhou em sorte, a mim e a muitos mais...
Para o mês que vem, a Carla e o Carlo, dois dos meus filhos, fazem anos. Também eles fazem parte dos "muitos mais" com lugar na História de Portugal.
Agora, tenho um Toyota.
Agora, tenho um Toyota.
sábado, 23 de abril de 2016
... por palavras e gestos - um simples sorriso
"Descobri" (mais) um blog deveras interessante e não resisti a opinar sobre um texto igualmente interessante, intitulado "Amizade em estado puro". O blog " A princesa e a ervilha" é bonito de ler - li, e gostei do que li.
Sobre "Amizade em estado puro", digo eu:
(...) Tenho para mim que a "amizade" é partilha de gentilezas e simpatias, sem grandes preocupações reais de "quem é quem". Depois, vem o "gostar", que IMPLICA preocupações reais de "quem é quem", além do desejo da partilha de gentilezas e simpatias...
É a partir deste estado emocional (?) que nasce o "amor" - e o "amor" divide-se em formas, estilos, e satisfação de carências afetivas. Em síntese: "se gosto, posso amar", e se "amo, digo" por palavras e gestos - um simples sorriso, por exemplo.
A "amizade", tal qual a "vejo", ficou reduzida à ínfima espécie... do mero conhecimento. Complicado? Pois... talvez (...).
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Sílvia Pérez Cruz - "Ninguém canta assim" !
"Apresentaram-me" esta voz...
O jornal "Público" diz que "Quando ela canta tira-nos o ar"...
No passado dia 30 de Março , esteve na Gulbenkian.
...Talvez volte em breve.
Do muito que ouvi, deixo a interpretação soberba de um clássico - clique no video e confirme.
... simplesmente maravilhoso!
... simplesmente maravilhoso!
S. Pedro "mentiroso"
Detesto passar por mentiroso, e foi o que aconteceu ontem ( já passa da uma da madrugada...) por ter embandeirado em arco quando o sol, manhã cedo, anunciou a primavera...
S. Pedro, uma vez mais, deu o dito por não dito - choveu!
S. Pedro, uma vez mais, deu o dito por não dito - choveu!
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Hoje é que é primavera...
Às seis da manhã espreitei pela janela do meu quarto e disse de mim para mim que hoje é que era primavera - acertei!
Voltei ao aconchego dos lençóis e às oito - era "madrugada"! - saltei da cama para me libertar de um sonho mentiroso: tinha mar e um passeio de mãos dadas. Bonito, era, mas mentiroso...
O sol, a esta hora, anda a jogar às escondidas com umas nuvens teimosas, mas quando ganha uma nesga de céu azul, brilha intensamente - é mesmo primavera e eu, se calhar, já posso estrear um dos "Polos" que comprei em Coimbra...
- O vermelho ou o branco?
terça-feira, 19 de abril de 2016
Na hora de pôr a mesa, éramos cinco
na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
José Luís Peixoto
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
José Luís Peixoto
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... Cá em casa, na hora de pôr a mesa, éramos seis
(...) como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa (...)
sábado, 16 de abril de 2016
O "ti" Henrique em silêncio...
Aqui, http://calbertoramos.blogspot.pt/2016/03/saudades-de-um-burro.html pode ser lida uma estória sobre um burro que, em tempos, passava bem cedo na minha rua...
A carroça que puxava, como chegava, assim desaparecia - o incómodo maior resumia-se ao ruído das rodas (...) acordava-me com um barulho sem melodia.
Na estória faltou, propositadamente, o nome do dono do burro, o "ti" Henrique, antigo moleiro, com uma memória invejável para a sua avançada idade...
Ontem, o "ti" Henrique, por certo em silêncio, deixou de fazer parte do mundo dos vivos. Tinha 98 outonos, que passeou até há bem pouco tempo como se de (...) primaveras se tratasse.
Do "ti" Henrique guardo memórias bonitas, de quando era moleiro, no Colaço, na margem direita do "meu" rio, e eu muito menino - tão menino pelo espanto da mó que rodava "sozinha" e esmagava os grãos de milho.
... Ainda "sinto" o cheiro da farinha que vinha da moenda do "ti" Henriques...
Para sorrir...
Em maio de 2008 surripiei este texto "delicioso". Está de volta com a intenção de fazer sorrir eventuais leitores/as - eu, em 2008, depois da leitura, gargalhei!
"Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.
Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã? E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah. Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver??? O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar"?
Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã? E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah. Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver??? O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar"?
sexta-feira, 15 de abril de 2016
terça-feira, 12 de abril de 2016
Eu & cª
Quem olha nem dá por ela, a idade.
A verdade dos outonos é outra,
bem diferente do que parece aos olhos de quem vê,
sem ser preocupante
para quem olha
(quero dizer: a imagem é colorida...)
e para quem passeia outonos como se de primaveras se tratasse
(quero dizer: com um "brilhozinho nos olhos"...).
São os outonos que transformam frequências audíveis em silêncios,
alteram as dioptrias das "cangalhas",
e fazem de uma pena de pavão carrego de toneladas.
Como esta "sociedade" tem parceiros
na ordem dos milhões,
de ambos os sexos,
resta o "brilhozinho nos olhos".
A verdade dos outonos é outra,
bem diferente do que parece aos olhos de quem vê,
sem ser preocupante
para quem olha
(quero dizer: a imagem é colorida...)
e para quem passeia outonos como se de primaveras se tratasse
(quero dizer: com um "brilhozinho nos olhos"...).
São os outonos que transformam frequências audíveis em silêncios,
alteram as dioptrias das "cangalhas",
e fazem de uma pena de pavão carrego de toneladas.
Como esta "sociedade" tem parceiros
na ordem dos milhões,
de ambos os sexos,
resta o "brilhozinho nos olhos".
sábado, 9 de abril de 2016
"Satori", a princesa
... durante os passeios pelo quintal, a "princesa com bigodes" endoida se um passarito passa ao alcance do olhar. Desta vez, um melro anunciou-se em "voo de corrida" e seguiu viagem...
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Andar "ao papel"...
Recuei na memória, ao ano de 1981 e à Lena
d'Água, que fez sucesso com uma musiquinha muito bem engendrada, a ponto de
emprestar o título ao lado "A" do single "Vigaro cá, vigaro
lá".
Recorri ao you
tube para recuperar o tema, que
nunca foi um dos meus preferidos, diga-se de passagem - há outros mais
agradáveis ao meu ouvido, que ainda cantarolo sempre que os ouço, como
"Olha o Robot", do tempo do grupo "Salada de Frutas".
Não importa: a intenção é inspirar-me no cabeçalho da letra para rabiscar meia
dúzia de linhas
Sendo sábado, sem sol que entre pela
vidraça do meu quarto, e ainda por cima manhã cedo, entendo que não estão
reunidas as condições para sorrir, de mim para mim, mas penso no
sorriso de quem o afivela nesta madrugada (às
nove da manhã, para mim, ainda é madrugada!), depois de um passeio imaginário por um país que deve ser lindo de ver: Panamá...
quarta-feira, 6 de abril de 2016
terça-feira, 5 de abril de 2016
domingo, 3 de abril de 2016
Isabel "tente-não-caias"
O RiTuAL encerrava às duas da madrugada.
Àquela hora, a Isabel, de nacionalidade belga, e uma amiga, de nacionalidade holandesa, escolheram uma mesa de canto.
- Vamos fechar, disse eu.
- É só uma cerveja, disse a Isabel.
- Um cocktail, disse a amiga
da Isabel.
O taberneiro sugeriu a
cerveja, servida no copo característico, e sobre as "misturas"
falou das suas invenções. A amiga da Isabel preferiu outro composto:
vinho tinto aquecido, rodela de laranja, um pouco de canela e uma pitada de cravinho
- de fácil preparo, acrescentou.
Intragável - pensei
calado...
Vieram as bebidas e a Isabel,
sorridente e bem disposta, sugeriu que provasse a mistela, o que fiz por
simpatia.
Para o meu palato, simplesmente
horrível!...
Não dei parte de fraco, corri à
copa e bebi um enorme copo de água!
A noite ia alta.
Depois de saborear com deleite a
beberagem, a amiga da Isabel pagou a conta e saiu.
A Isabel ficou no mesmo lugar,
mas à segunda cerveja, decidiu-se pelo balcão e por ali ficámos em amena
cavaqueira. Os dois, sem público, "possivelmente, no melhor local para o aconchego de uma boa conversa em ambiente a condizer"...
Procurei ser bom ouvinte de
estórias intermináveis, sem comentários: era a noite de "todos" os
desabafos!
Veio outra cerveja, e outra, e outra...
Dialogámos sobre terras do
"fim do mundo", de viagens feitas, de sítios que "adorávamos
conhecer", de amores e desamores...
A Isabel deixou de olhar de
frente, e quando voltou a fazê-lo, trazia os olhos molhados, não sorria, como
sempre faz...
Concluímos que o momento era o
menos próprio para recordações que se querem esquecidas. Para sempre!
A Isabel, tente não caias, pagou
a conta e saiu tente não caias.
Eram quatro da madrugada.E o RiTuAL adormeceu.
-
O.H. 2007
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