Hoje é dia de domingo frio e chove devagar.
Eu, sem ocupação suficiente durante a tarde,
viajei por mundos desconhecidos,
indeciso entre a nostalgia e a saudade, como sempre acontece nestes dias friorentos e chuvosos.
Nestes dias friorentos e chuvosos, todos os sentidos saem de mim e fixam-se num ponto do Índico, num outro tempo, numa outra vida, onde eu existia em função da esperança e da expectativa daquilo que não sou. Quando regresso, sinto-me perdido,
demoro a reencontrar-me: basta um sinal (domingos frios e chuvosos... ) e volto a ser homem de outro oceano, mais perto da serra onde me revejo. Por aqui andou Torga, há memórias.
Lembrei-me de Pessoa, que era Fernando,
do que sou, enquanto "pessoa",
e da Ofélia, que imagino apaixonada!
Ouço, sinto música...
Volto à biblioteca do disco rígido e descubro Villaret
entre tangos, valsas, sambas, "reggae", rock...
- Regressaram os sentidos: Fernando Pessoa.... João Villaret;
deleito-me com a " Tabacaria" durante dez minutos
e voo cinquenta e sete segundos nas asas da "Liberdade"!
Continua domingo.
(Talvez ouça de seguida marimbeiros de Zavala num outro som, em perfeita harmonia...)
Bayeeeeeeeeeeeete!
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