Além do “Chiado” e do Talho Quaresma, a comunidade do Barril de Alva tinha à disposição outros estabelecimentos comerciais: a taberna do “ti Zé” Candosa, a mercearia do Coelho, os serviços do barbeiro António do Vale (regedor da terra), do tamanqueiro "ti" Albano e de um ferreiro.
Naquele tempo, além da indústria de madeiras, no Barril de Alva havia uma fábrica de bolos secos, propriedade de Joaquim Trindade, duas padarias e o João Abrantes dedicava-se ao fabrico de bonecos de papelão, utilizando moldes próprios.
Um outro espaço comercial, com negócio multifacetado, ao estilo do Chiado, pertencia ao José Valentim, pessoa de muitos saberes e ocupações - além do exercício da sua profissão, era membro ativo dos corpos sociais da Filarmónica e correspondente de jornais.
Junto ao seu estabelecimento, no outro lado da rua, nos dias de folga jogava-se à “malha”. Os bancos da “esplanada” que se destacam na imagem, ficaram mais baixos depois dos vários arranjos na “avenida” mas, se “falassem”, contavam estórias sem fim, a condizer com a alegria de acertar com a malha no “fito” e dos copos do “tinto” do pipo, que tinha um torneia “sonora”:
-“Cherrrrrrrrrrrriii…”
Eu e outras crianças, da “esplanada”, apreciávamos o entretenimento dos homens.
Às vezes, um jogador pedia ao senhor José Valentim:
- Dê aí uns rebuçados aos miúdos, depois pago…