Ao longo de quase setenta anos (melhor: sessenta - desconto dez para me situar em Coimbra, no falecido Liceu D.João III, depois no Externato Alves Mendes, em Arganil, e mais tarde no colégio Luís de Camões, em Lourenço Marques...) procurei formatar o caráter e, como qualquer estudante da época, li os clássicos e construi o meu jeito de estar entre os iguais do meu tempo. Hegel, marcou-me de uma forma tão "sublime" que, de quando em vez, volto à leitura de coisas suas, como é caso da obra Estética - “A ideia e o Ideal” (mas posso citar outras mais, "coisas minhas" escritas por Hegel, quando me situo no etéreo das dúvidas sobre o meu eu absoluto: existo?
Do empirismo das (minhas) teorias com que me dou inteiro, à assunção de um certo romantismo de cavalheiro, em desuso nos tempos de agora, não ouso definição capaz de me aproximar do mestre da Estética – “A Arte Simbólica”. Hegel é difícil de entender. “Teimoso” na defesa das (suas) ideias, imagino-o na “praça pública” a esgrimir argumentos sobre a “estética” da mistura de estilos e volumetria de determinadas peças, brancas e cinzentas, e sua utilidade…
Por mim, a escolher, a ”praça pública” onde se esgrimem argumentos seria pintalgada de outras cores, com a predominância do vermelho dos campeões – e um pouco de verde, pronto, para satisfação dos meus conterrâneos, nada contentes com a “medalha de bronze”…
“… Chamamos ao belo ideia do belo. Este deve ser
concebido como ideia e, ao mesmo tempo, como a ideia sob forma particular; quer
dizer, como ideal. O belo, já o
disse, é a ideia; não a ideia
abstracta, anterior à sua manifestação, não realizada, mas a ideia concreta ou
realizada…” - Hegel
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